sábado, 1 de janeiro de 2011

A avaliação na Educação Física escolar

Nos dias atuais, a avaliação nas aulas de educação física escolar, está sendo deixada de lado, isto é, esquecida de sua real função que é de avaliação do ensino e aprendizagem e da sua importância como elemento constitutivo do projeto pedagógico, como se observa nos relatos que seguem.
Segundo Coletivo de Autores (1992), através da observação das aulas de Educação Física Escolar, verifica-se que, a avaliação é tida tanto para os alunos como para os professores, um ato de se cumprir a lei, atender as normas da escola e selecionar alunos para competições esportivas.
O critério de aprovação e reprovação na educação física escolar é, geralmente, a consideração de presença em aula, ou então através de medidas antropométricas, execução de gestos técnicos, qualidades físicas ou, simplesmente, não é realizada.
De acordo com esses mesmos autores, os alunos são avaliados, observados apenas no seu aspecto motor, enfatizando os talentos esportivos.
Desta forma, a educação física escolar fica cada vez mais desestimulante e até aterrorizante, principalmente para aquelas crianças com menor desenvolvimento das habilidades motoras.
Para Mattos e Neira (2000), a avaliação deve-se levar em conta, os fatores que envolvam o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o nível de aprendizagem anterior, a eficiência do processo de ensino, concepção de educação e conteúdo.
Assim, se observar os pressupostos anteriores, avaliar um aluno com dificuldade é criar formas de incluí-lo no círculo de aprendizagem. O diagnóstico permite a decisão de direcionar quem está precisando de ajuda (LUCKESI, 1996).
Refletindo-se sobre estas afirmações, constata-se que é preciso conhecer quais as possibilidades de materialização, meios e referências sobre avaliação, para um melhor processo de ensino e aprendizagem em educação física escolar.




Identificar diferentes formas de avaliação para a educação física escolar, de modo a colaborar para que alcance, cada vez mais, um aperfeiçoamento na sua prática educativa, por isto, faz–se necessário responder as refletir sobre algumas questões.
Avaliação do ensino-aprendizagem é um tema muito polêmico em todas as áreas da educação. Na educação física essa polemica torna-se ainda mais acirrada pelo fato dessa disciplina ainda não ter uma identidade bem definida (Bracht, 1995).
A avaliação é o processo pelo qual se atribui o valor ou o grau de importância de determinado objeto, atributo ou atitude. De fato, muitos investigadores da área pedagógica da educação física têm constatado que a avaliação da disciplina na escola apresenta sérios comprometimentos negativos, seja de cunho ideológico ou prático. Por ser uma exigência institucional, ela vem sendo praticada constantemente, na maioria das vezes, por profissionais que não entendem a sua necessidade, o seu significado e suas implicações (Costa, 1992; Soares et al, 1992).
Para Costa (op.cit, p.28): "para que a avaliação em educação física tenha maior valor educativo, é necessário que os professores adquiram conhecimentos que possam ampliar sua visão de mundo de forma a ajudar os alunos a desenvolver habilidades, hábitos, convicções relevantes e necessárias para sua vivencia e sucesso como individuo, como cidadão e como profissional."
Segundo Haydt (2002), avaliar é atribuir um julgamento ou apreciação de alguma coisa ou de alguém com base em uma escala de valores. Logo, a avaliação consiste em coletar e interpretar dados quantitativos e qualitativos de critérios previamente estabelecidos.
A avaliação quantitativa é aquela feita com base em informações numéricas obtidas através de provas e testes. Parece ser mais objetiva que a avaliação qualitativa, toda via apresenta apenas uma visão artificial e estática da realidade. Por isso deve ser complementada pela avaliação qualitativa, ou seja, aquela que obtém informações com base em observações, documentos, diálogos, discursos e atitudes percebidas pelo avaliador.
Para Libâneo (1991), a avaliação é uma tarefa didática essencial para o trabalho docente, mas, justamente, por apresentar uma grande complexidade de fatores, não pode ser resumida a simples realização de provas e testes ou atribuição de notas. A mensuração apenas fornece dados quantitativos que devem ser apreciados qualitativamente.
Nas palavras de Piletti (1987: 190): "Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos educacionais, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
O processo de avaliação, geralmente é composto por três fases distintas: primeiramente é preciso definir o que se quer avaliar e por que se quer avaliar; em seguida é preciso estabelecer parâmetros válidos e objetivos para processar a avaliação; e, em fim, estabelecer critérios para julgamento do valor avaliativo baseado em um referencial (Costa, op.cit).
Essa seqüência de fases para a construção da avaliação tem como finalidade buscar a maior clareza possível dos significados e objetivos dessa avaliação na tentativa de fazer dessa prática um ato consciente para a manutenção ou transformação da realidade daquele contexto, logo se caracterizam como atos essencialmente políticos e pedagógicos.
Diversos autores definem o ato político como "a habilidade no trato das relações humanas, com vista à obtenção de resultados desejados por grupos de diferentes posições ideológicas" (Costa, op.cit; Libâneo, op.cit; Luckesi, 1984).
Nesse sentido, verifica-se que todo ato pedagógico é também um ato político, uma vez que visa auxiliar na formação de sujeitos capazes contribuir para construção de uma sociedade ideal segundo certos princípios ideológicos próprios da instituição escolar. Para isso, a instituição escolar se utiliza de métodos e técnicas que visam efetivar esses ideais, sejam eles explícitos ou não.
A avaliação entendida como uma ação pedagógica necessária para a qualidade do processo ensino-aprendizagem, deve cumprir, basicamente, três funções didático-pedagógicas: função diagnóstica, função formativa e função cumulativa (Haydt, op.cit; Libâneo, op. cit; Piletti, op.cit).
Segundo Darido e Rangel (2005) a três funções da avaliação são: diagnóstica, processual, formativa e somática.
A função diagnóstica da avaliação refere-se à identificação do nível inicial de conhecimento dos discentes naquela área, bem como a verificação das características e particularidades individuais e grupais dos alunos, ou seja, é aquela realizada no inicio do curso ou unidade de ensino, a fim de constatar se os discentes possuem os conhecimentos, habilidades e comportamentos necessários para as novas aprendizagens. É utilizada também para estimar possíveis problemas de aprendizagens e suas causas (Haydt, op.cit; Darido e Rangel, 2005)
A função formativa e/ou processual é aplicada no decorrer do processo de ensino-aprendizagem servindo como uma forma de controle que visa informar sobre o rendimento do aluno, sobre as deficiências na organização do ensino e sobre os possíveis alinhamentos necessários no planejamento de ensino para atingir os objetivos (Almeida,2001; Darido e Rangel, 2005).
A avaliação formativa e/ou processual é uma importante ferramenta de estímulo para o estudo, uma vez que sua principal utilidade é apontar os erros e acertos dos alunos e dos professores no processo de ensino-aprendizagem. Esse tipo de avaliação é basicamente um orientador dos estudos e esforços dos professores e alunos no decorrer desse processo, pois está muito ligada ao mecanismo de retro-alimentação (feed-back) que permite identificar deficiências e reformular seus trabalhos, visando aperfeiçoá-los em um ciclo contínuo e ascendente.
Para a maioria dos estudiosos da área de educação, uma das funções básicas da avaliação é o controle. Como controle pode-se entender os meios e à freqüência das verificações dos resultados do processo de ensino-aprendizagem, bem como a quantificação e qualificação dos resultados, possibilitando o ajuste sistemático dos métodos que visam a efetivação dos objetivos educacionais.
A avaliação somativa visa classificar os discentes segundo níveis de aproveitamento do processo de ensino-aprendizagem. É realizada ao final de um curso, período letivo ou unidade de ensino, dentro de critérios previamente impostos ou negociados e geralmente tem em vista a promoção de um grau para outro (Haidt, op.cit; Darido e Rangel, 2005 ).
As funções da avaliação deveriam ser aplicadas de forma interdependente, ou seja, não poderiam ser empregadas isoladamente. Assim, a função diagnóstica só terá sentido se estiver referida como ação inicial do processo didático-pedagógico que serve para apontar o caminho a ser seguido no processo de ensino-aprendizagem, constantemente retro-alimentado pelos dados da função formativa da avaliação para manter-se alinhado aos objetivos educacionais e, finalmente, para classificar os alunos segundo seu grau de aproveitamento dentro dos critérios estabelecidos de rendimento. Infelizmente, essa forma completa de avaliar é raramente empregada em nossa realidade educacional, tendo a avaliação um caráter meramente classificatório e descontextualizado.
Nas palavras de Wrightstone apud Piletti (op.cit:193-194): "avaliação é um termo relativamente novo, introduzido para designar um conceito mais compreensivo de medida do que o conceito dado pelos testes e exames convencionais. O relevo em medidas é colocado na aquisição de conhecimentos (matérias) ou aptidões específicas e habilidades, mas... o relevo em avaliação se colocou nas modificações que a aprendizagem provoca na personalidade da criança, e nos principais objetivos do programa educacional. Isto inclui não apenas o conhecimento da matéria, mas também as atitudes, interesses, ideais, modos de pensar e agir, hábitos de trabalho, bem como adaptação pessoal e social".
Concordo com a opinião de Peña (1999), no sentido de que é preciso fortalecer o caráter diagnóstico e formativo da avaliação, que vem sendo praticada enfaticamente com caráter classificatório, adotando assim, uma idéia de punição ou de nivelamento dos alunos. Para isso é necessário uma maior interação entre professor e alunos, principalmente no que se refere à contextualização dos resultados quantitativos, pois desenvolvendo um conceito de avaliação com ênfase nas suas funções de diagnóstico e controle, é possível uma tomada de consciência mais justa e realística do trabalho didático-pedagógico a fim de atender a objetivos educacionais mais amplos que a simples medida de desempenho.
De acordo com Gonçalves (1996): "A avaliação, não importa a missão que se lhe proponha cumprir, parece ter o dom de despertar nas pessoas suas defesas mais escondidas. É, na educação, um processo revestido de rituais complexos, que resulta por torná-lo um mito. No caso da avaliação da aprendizagem, tal mitificação ao invés de possibilitar às pessoas maior consciência de como está se desenvolvendo internamente o processo de construção do conhecimento, termina por confundi-las, tornando-as dependentes de algum veredicto externo que determine se estão aprendendo ou não".
É notório que a educação física entendida como parte de um projeto institucional que busca a formação de cidadãos críticos, conscientes e fisicamente ativos, deve valer-se de suas ferramentas de avaliação num sentido mais amplo que a simples medida de desempenho ou classificação. Ao conceber um processo de avaliação no qual a analise do gesto humano é feita somente do ponto de vista biológico ou biomecânico, a pratica pedagógica da educação física torna-se fragmentada, tendenciosa, preconceituosa e reducionista.
A contextualização da avaliação é fruto, segundo Costa (op.cit, p.29), das seguintes questões as quais o professor deve dedicar uma ampla reflexão: "O que ensinei ao aluno? Por que eles devem aprender esses conteúdos? Qual a relevância desses conhecimentos para mim, para o aluno e para a sociedade? O que o aluno precisa fazer para demonstrar o que aprendeu? Por que e para que ele precisa demonstrar? O que ele precisa ainda aprender tendo em vista o que ele já sabe? O que mais eu preciso ensinar? De que maneira eu posso melhorara esse ensino?"
O por quê e o para que são questões que promovem reflexão, diálogo e participação dos atores envolvidos nesse processo e que, por tanto, contribuem para uma pratica pedagógica mais consciente e objetiva (Costa, ibiden).
Darido e Rangel (2005) apontam que a avaliação não deve ser um instrumento de punição e castigo, mas precisa ser útil tanto para o avaliador quanto para o avaliado. Dessa forma, professores, alunos e escola analisam a etapas que já forma conquistadas,no sentido de alcançar objetivos previamente traçados.
Com base nas reflexões de Costa (op.cit), Fidalgo (2002), Darido e Rangel (2005), Freire (1976), Gadotti (1991) e Nahas (op.cit), propõem-se as seguintes ações que buscam a aproximação de uma avaliação emancipatória em educação física:
• Estabelecer objetivos e metas que possam ser alcançados por todos os alunos e que contribuam efetivamente para a melhoria da qualidade de vida dos educandos dentro e fora do ambiente escolar;
• Estabelecer um processo de avaliação democrático e justo, tendo como foco central o bem estar do aluno dentro de princípios eticamente aceitáveis;
• Fazer avaliações contínuas do planejamento e dos conteúdos de ensino com vistas ao aperfeiçoamento continuo da disciplina;
• Adotar um sistema de avaliação participativo e dialógico, antes, durante e depois das aulas;
• Fazer uso freqüente de observações pedagógicas como anedotários, fichas de observação coletiva e individual e sociogramas e listas de checagem tendo como parâmetros os critérios negociados com os próprios alunos;
• Aplicar freqüentemente fichas de auto-avaliação reflexiva para estimular os alunos a justificar seus comportamentos e apontar caminhos de superação de suas limitações;
• Implantar um sistema de avaliação da satisfação dos alunos com as praticas. Esse sistema deve ser confidencial para coletar críticas, opiniões e sugestões que serão discutidas em aula;
• Cobrar a confecção de trabalhos de síntese e pesquisa histórica, técnica e científica, preferencialmente, com envolvimento inter e multidisciplinar;
• Aplicar provas teóricas com relação aos assuntos pesquisados e desenvolvidos procurando formular questões que estimulem a capacidade de reflexão, associação, comparação e síntese;
• Estimular e considerar de alto valor o desenvolvimento de ações, por parte dos alunos em cooperação com os professores, que promovam a difusão de informações e práticas relacionadas à atividade física e a cultura corporal de movimento;
• Respeitar os critérios de atribuição de notas negociados com os alunos dentro de princípios éticos e legais sem adotar posições paternalistas.
• Ser justo e correto com os alunos sem distinção de gênero, opção sexual, religião, ideologia política ou condição socioeconômica.
• Um outro ponto importante a ser considerado é a relação professor-aluno que deve ser, claramente, menos hierarquizada. Os símbolos sócio-culturais subjetivos não devem ser tão claros para demarcar a diferença entre professor e alunos como existe em uma sala de aula tradicional. Isso inibe o constrangimento do aluno em expressar opiniões diante do professor e, conseqüentemente, promover uma aproximação afetiva e uma comunicação mais ampla. Essas são variáveis muito importantes no processo de ensino-aprendizagem que visam à mudança comportamental própria do processo educativo (Gonçalves, op.cit).

Contexto da avaliação

Para procedermos a uma avaliação, devem-se ter claros alguns princípios:
Esclarecer o que será avaliado inicialmente, selecionar as técnicas de avaliação em função dos objetivos, considerar os pontos positivos e limitados das técnicas de avaliação empregadas, levar em conta uma variedade de técnicas para assegurar uma avaliação compreensiva e considerar a avaliação como meio e não fim.
Compreender que a avaliação, por mais estratificada que seja, compõe-se não somente de um universo técnico. Um aspecto essencial é reconhecer que os valores que sustentam as formas de educação, as quais congregam os estilos de avaliação, explicitam as atribuições de um projeto político-pedagógico.
Isso implica reconhecer que a dimensão da avaliação abarca reflexões acerca da abrangência dessa ação, tais como fatores de ordem política e econômica, organizacional, de âmbito local, pessoal e social.
O processo de ensino e aprendizagem tem por finalidade e essência formar seres humanos íntegros. Nesse sentido, o processo avaliativo deve favorecer a expressão do aluno, para que ele possa transformar o meio que vive e construir seu destino. Para tanto, o professor deve favorecer a autonomia e a reflexão do aluno para que ele seja um ser pensante e crítico, não sendo simplesmente um mero coadjuvante na construção da sociedade na qual faz parte.

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