domingo, 13 de fevereiro de 2011

ESTRATÉGIAS PARA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

  


A Educação Física como componente curricular em todos os níveis da educação básica, ao lidar com as questões referentes a estratégias de inclusão,  pode sustentar-se na orientações explicitas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, as quais  preconizam a atenção a diversidade da comunidade escolar, baseando-se no pressuposto das adaptações curriculares para atender as necessidades particulares dos alunos.
Com base na diversidade existente na escola, e na necessidade de realizar ações que atentam essa característica, as adaptações curriculares  admitem decisões que oportunizam adequar as ações educativas a formas peculiares que cada aluno apresenta no processo de aprendizagem.
As adaptações curriculares tem o foco nas necessidades educacionais especiais, preserva-se a dinâmica e flexibilidade do currículo. Portanto, ocorre convergência com as condições do aluno e as finalidades educacionais envolvidas no processo de aprendizagem. As adaptações curriculares são classificadas em significativa e não significativa.
As adaptações “não significativas” são pequenas alterações realizadas pelo próprio professor no contexto da aula em suas atividades cotidianas, podem consistir na organização de grupos, da didática e do espaço. Ainda podem ser relacionadas aos objetivos, conteúdos e avaliações, dependendo da necessidade pedagógica do aluno.
O processo de avaliação é de suma importância do sistema educacional, pois entre tantas outras finalidades, consiste em uma ferramenta norteadora das ações pedagógicas, portanto, exerce um papel fundamental nas adaptações do currículo. Quando relacionado ao aluno com necessidade especial, o processo avaliativo entre outras questões, deve considerar os aspectos de desenvolvimento do aluno, o nível de competência curricular e o estilo de aprendizagem.
A adaptação curricular permite suprimir objetivos e conteúdos curriculares que não possam ser alcançados pelo aluno em razão da sua característica, substituindo por objetivos e conteúdos acessíveis e significativos para o aluno. Além disso, o professor pode propiciar apoio físico, visual, verbal e outros que forem necessários aos alunos impedidos em suas características. Esse apoio pode ser temporário ou permanente, de modo que permita a realização das atividades escolares, podendo ser realizado pelo professor regente, professor especializado e/ou pelos próprios colegas.
Nas adaptações curriculares significativas, o currículo é construído para orientar as ações docente nos diversos níveis de ensino. O projeto político pedagógico da escola permite a viabilidade do currículo, pois é norteado a partir das seguintes perguntas: O que? Como e quando ensinar? Como e o que avaliar?
Alguns aspectos precisam ser observados para orientar a retenção ou promoção do aluno com necessidade especial: a possibilidade do aluno ter acesso as situações escolares regulares com mais autonomia; a valorização de sua permanência com os colegas e grupos que favoreçam o seu desenvolvimento; a competência curricular; o efeito emocional da retenção ou da promoção para o aluno e para sua família. As decisões referentes à promoção devem envolver o mesmo grupo responsável pela adaptação do currículo.
A partir do exposto o currículo torna-se uma ferramenta que pode ser alterada para favorecer o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, buscando  garantir que os alunos com necessidades especiais participem das ações educativas do cotidiano escolar, mas considerando as especificidades que suas características possam requerer.
Todavia, a atual situação que se encontra o sistema educacional revela a dificuldade para atender as necessidades especiais dos alunos na escola regular. A flexibilidade e a dinamicidade do currículo regular podem não ser suficientes para superar as varias questões do sistema educacional que dificultam sua função institucional quanto à inclusão. Porém, apesar dessa dura realidade, entende-se que as adaptações curriculares ainda são necessárias.

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